As festas do Rosário acontecem em Minas Gerais desde os primórdios do seu povoamento. No início do século XVIII, foram incorporadas ao ciclo folclórico. Em princípio, são comemoradas de agosto a novembro, mas existem exemplos de comemorações acíclicas. Foram organizadas desde o tempo da mineração do ouro quando também se deu o surgimento das Irmandades de N.S. do Rosário dos Negros. Durante o seu ciclo, acontece o chamado Reinado, que a cada ano é conduzido por um Rei e uma Rainha dos Rosários (eleitos no ano anterior) e sua corte.
Nesta, as guardas estão representadas nos diversos folguedos folclóricos que saem em cortejo pelas ruas da cidade.
Estes grupos se apresentam distinguindo-se um dos outros pelas coreografias, indumentárias e pela música que executam durante o bailado. O ciclo se desenvolve conforme a característica local, e a figura do festeiro é importante para a organização das manifestações culturais. Estas ainda são acrescidas por espetáculos pirotécnicos, levantamento de mastros com a bandeira de Nossa Senhora, ornamentação, culinária típica, música, dança e diversas apresentações dos folguedos folclóricos, destacando-se a Congada, Caiapós, Tapuiadas, Tamboril e outros grupos característicos de cada região.
Em Luz tornou-se tradicional a Festa de Nossa Senhora do Rosário, geralmente realizada no mês de agosto, comandados pela guarda de congos e moçambiques. Umas das festas do Rosário mais difundidas entre as de devoção em nosso estado.
Na época da realização da festa, Luz se transforma num grande palco, onde o colorido das vestes, o ruflar dos tambores, muitas vozes embaladas ao som de violas e reco-recos, cavaquinhos e sanfonas, misturam-se às rezas de nossa gente, tocando fundo o coração da Virgem do Rosário, Mãe e Rainha.
A multidão toma conta da Praça Congadeiro Antônio Eugenio, assistindo atentamente ao desfile dos cortes que trazem cada um a sua música, sua história, homenageando grandes personalidades do folclore luzense, um grande show, onde vemos resgatada nossa tradição.